Casos de estupro, perseguição e até mesmo linguagem obscena fazem parte do dia a dia de trabalho de trabalhadoras rurais que participam na produção de alimento nos Estados Unidos. A grande maioria é imigrantes e por estar ilegal no país tem medo de realizar denúncias para que não corra o risco ser deportada.
De acordo com o Human Rights Watch, mais de 50 mulheres foram entrevistadas e se concentram nas regiões da Califórnia, Carolina do Norte e Nova York. Uma mulher na California conta que um supervisor a estuprou e depois disse que ela “deveria se lembrar que é por causa dele que [ela] tem este trabalho.” Em Nova York, um supervisor ameaçou tocar os seios e nádegas das mulheres e que se tentassem resistir, ele chamaria a imigração ou as demitiria. Além disso, quem tenta defender uma mulher abusada, leva tiro.
Num debate recente sobre a violência contra a mulher, o Congresso americano está considerando tornar ainda mais difícil para as mulheres imigrantes a busca de proteção contra a violência e abuso, o que infringe os direitos humanos. Entretanto, tanto a lei internacional como a dos EUA reconhece o direito que todos os trabalhadores – incluindo os trabalhadores imigrantes não-autorizados – têm direito às proteções de trabalho que existem para minimizar a exploração. O que deve ser levado em consideração não é apenas as condições de trabalho, mas sim a dignidade da vida.
Fonte: Human Rights Watch
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