Peru: Cinco civis morreram após protestos

De acordo com informações da Human Rights Watch, as autoridades peruanas vão investigar sobre a morte de civis em Cajamarca, no Peru. Cinco pessoas morreram durante protestos violentos contra as atividades de mineração na região e um ativista ambiental, Marco Arana apanhou da polícia e foi preso. Mais de 30 outros civis foram feridos, muitos deles com ferimentos de bala, de acordo com fontes hospitalares locais. O governo declarou estado de emergência em três províncias do departamento de Cajamarca.
Faz alguns meses que greves e protestos em Cajamarca persistem contra uma grande mina de ouro a céu aberto. O estopim aconteceu no dia 3 de julho, quando um grupo de trabalhadores da construção civil estava protestando por não ter recebido o pagamento de seus salários após um projeto de construção da escola. As três vítimas, Faustino Silva Sánchez, José Eleutério García Rojas e César Medina Aguilar de apenas 17 anos, foram baleadas depois de unidades do Exército mudarem-se para ajudar a polícia. Outro civil, José Antonio Sánchez, que foi gravemente ferido por um tiro na garganta, morreu em um hospital no último dia 5.
“O Estado tem a responsabilidade de proteger as pessoas contra a violência e para processar quaisquer manifestantes que usaram”, disse José Miguel Vivanco, diretor Américas da Human Rights Watch. “Qualquer uso de força letal deve ser cuidadosamente investigada para determinar se a polícia ou os soldados agiram legalmente.”
Os Princípios Básicos das Nações Unidas sobre o Uso da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei exigem que os agentes policiais, no exercício das suas funções, na medida do possível, apliquem força não-letal antes de recorrer a armas de fogo em protestos violentos.

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Categorias: América Latina

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